domingo, 27 de junho de 2010

Sábado, 05 de junho de 2010

Se eu me arrependo de não ter tratado bem as pessoas digníssimas que passaram pela minha vida? Não creio que chega a ser arrependimento. Se faltei a elas em determinado período, foi porque eu não conseguiria agir de outra maneira e agindo de outra maneira não seria eu, apenas um fingimento de ser alguém outro. E será que eu tenho vontade de demonstrar a essas pessoas que não sou aquele antigo das bravatas oblíquoas, dos narcisismos esporádicos e preconceitos incabíveis? Não, não há esforço de minha parte para demonstrar isso. Agindo dessa maneira eu estaria igualmente fingindo ser outro. Todavia, querer buscar desesperadamente a aceitação alheia é o mesmo que tentar intervir na liberdade de escolha das pessoas. Aceito que me tratem mal, que me tratem com desprezo, que não me tratem até, conquanto quem está mais habilitado para julgar se está-se ou não enganado em relação a outro é a própria pessoa que julga. Esteja ela certa ou não, não cabe a mim decidir.